quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Regulação da glicose



  A glicose é uma das principais fontes de energia utilizada pelo organismo. A sua regulação é de grande importância para o bom funcionamento do corpo.
  A regulação da glicose é um processo que envolve vários órgãos. Os principais hormônios, e os mais conhecidos, na regulação da glicose no sangue são a insulina e o glucagon.
  A insulina é produzida nas células β das ilhotas de Langerhans, e é responsável por reduzir a hiperglicemia promovendo a glicogênese e a lipogênese, que transforma a glicose em glicogênio e triglicerídeos. A insulina também acelera o processo de captação de glicose pelas células.
  O glucagon é produzido pelas células α das ilhotas de Langerhans e é responsável por aumentar os níveis de glicose, quando o organismos se encontra em estado hipoglicêmico. O glucagon estimula o fígado a acelerar o processo de quebra do glicogênio para a produção de glicose, processo conhecido como glicogenólise. Promove também a formação de glicose, por meio de um processo chamado de gliconeogênese, a partir de lactato e de alguns aminoácidos.
  Dessa forma, o organismo promove a regulação dos níveis glicêmicos do organismo, mantendo-os numa faixa de 70 à 110 mg/dL.

Fonte: http://unidiabetes.webmeeting.com.br/claci/monografia_diabetes_01.pdf

Postado por: Elizabete Iseke


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Como tratar diabetes tipo 1 através de células-tronco


Fonte: http://harvardmagazine.com/2014/10/melton-creates-beta-cells
Células-Tronco derivadas

A diabetes mellitus tipo 1 ocorre quando o sistema imunológico ataca as células beta pancreáticas, que são responsáveis por controlar o açúcar no sangue(glicemia) por meio da produção de insulina. Estudos realizados na Universidade de São Paulo, em Riberão Preto, descobriram um futuro tratamento para esse tipo de diabetes por meio de células-tronco.
As células-tronco tem uma característica pluripotente, o que permite com que elas se tranformem em muitas outras células do corpo. Nesse estudo associou-se a aplicação de células tronco com uma imunossupressão em altas doses. Primeiramente, foi coletada uma quantidade de células-tronco hematopoéticas do próprio paciente que partiparia do estudo. Logo depois, foi feita a imunossupressão por meio de sessōes de quimioterapia, assim o sistema imunológico seria “desligado” e não conseguiria mais atacar todas as células-beta do pâncreas. Foram aplicadas então as células-tronco hematopoéticas, que vão se transformar no novo sistema imunológico, o qual não terá mais a característica de atacar as células-beta. Todo esse procedimento foi feito em pacientes que tinham acabado de ser dignosticados e ainda não tinham sintomas ou mesmo no começo dos sintomas, pois assim, eles ainda possuiam um número razoável de células-beta.
Depois desse novo sistema imunológico as células-beta que não tinham sido destruídas voltaram a funcionar normalmente e a produzir insulina, fazendo com que o paciente conseguisse produzir a insulina de que precisa e assim não precisar mais aplicá-las. De 25 pacientes que participaram desse estudo, 21 pessoas ficaram livres do uso da insulina, mesmo que por um período curto de tempo, mas a maioria dos pacientes que tiveram que voltar a usar a insulina estavam agora aplicando dosagens muito menores do que utilizavam antes de começar esse tratamento.
Outro resultado dessa pesquisa mostrou que o pâncreas desses paciente começou a trabalhar muito melhor depois do transplante de células-tronco. Esses estudos não estão completos e passam por ajustes ainda, mas tendo em vista esses resultados podemos dizer que é uma área que promete melhorar muito a vida de quem sofre com a diabetes mellitus tipo 1.



Fontes:

VOLTARELLI, Júlio C. Transplante de células-tronco hematopoéticas no diabete melito do tipo I. 2004; 26 (1): 43-45. Pesquisa Científica na Área de Imunologia - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2004.

http://www.endocrino.org.br/diabetes-celulas-tronco-tratamento/


Postado por: Luiza Habib 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Diabetes Mellitus Tipo 1

Fonte https://www.facebook.com/histologia.unb/photos/pb.1400501200181694.-2207520000.1445890478./1403013376597143/?type=3&theater
Ilhotas de Langerhans respresentadas pela letra I 
 A Diabetes Mellitus tipo 1 é também conhecida como diabetes mellitus insulino-dependente, ou diabetes juvenil, considerado o tipo mais agressivo da doença.
 Geralmente é desencadeada na infância ou adolescência. É caracterizada pela deficiência absoluta das células betas, uma das células que compõe as ilhotas de Langerhans. Cerca de 90% dessas células é completamente destruída. Com isso o pâncreas para de produzir e secretar a insulina, hormônio responsável por tirar a glicose do sangue e transportar para dentro da células, ocasionando o principal sintoma da diabetes a alta taxa de glicose, açúcar, no sangue, conhecido como hiperglicemia.
 Outros sintomas da diabetes é a presença de glicose na urina, devido à alta taxa de glicose no sangue, sede e micção excessiva, e a cetoacidose.
 A cetoacidose, é um sintoma quase que exclusivo da diabetes tipo 1. Ocorre por devido à desregulação do metabolismo da glicose. Com a falta da insulina, o organismo não compreende que ele deve parar de produzir glicose, com isso, ele acaba por esgotar sua reserva de glicogênio e passa a degradar gordura, para a produção de glicose. Essa degradação de gordura, leva à produção de corpos cetônicos responsáveis pelo sintoma de cetoacidose.
 A destruição das ilhotas de Langerhans está associada há três fatores: predisposição genética, auto-imunidade e agressão ambiental.
 Acredita-se que alguns indivíduos possam desenvolver uma resposta auto-imune espontaneamente ou por meio de uma lesão inicial leve dessas células juntamente à uma predisposição genética a desenvolver uma resposta auto-imune. Levando à total destruição da porção endócrina do pâncreas e desencadeando a doença.

Fonte: LUCENA, Joana. Diabetes Melittus tipo 1 e tipo 2, páginas 12-14. Trabalho de Conclusão de Curso. Farmácia pela FMU, 2007
Acesso em: 26/11/2015

Postado por: Elizabete Iseke

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Descoberta da Insulina

Sir Frederick Banting and John Macleod (Photos: Library & Archives Canada/U of Toronto)













  A descoberta da insulina pelo Doutor Frederick Banting e o Professor MacLeod, foi considerada de tamanha importância que eles receberam o Prêmio Nobel de fisiologia e medicina por tal descoberta.
  A diabetes mellitus é uma doença conhecida desde os tempos mais antigos. Foi descrita por Celsus e Araeteus, no primeiro século da nossa era, como uma doença caracterizada pela insaciável sede, perda de peso e o aumento do volume de urina excretado. No século XVII o cientista inglês Thomas Willis observou que havia presente na urina de pessoas com essa doença, uma substância parecida com açúcar. Cem anos mais tarde outro inglês Dobson conseguiu reproduzir essa substância a partir da urina dos doentes. Essa descoberta levou os estudos sobre a doença para os caminhos corretos. O açúcar presente na urina foi considerado uma substância estranha ao organismo animal que era formado apenas na condição da doença.
  Em 1827, Tidemann e Gmelin observaram que em condições normais, alimentos ricos em amido eram convertidos em açúcar pelo canal intestinal e que esse açúcar era absorvido pelo sangue. Mas a descoberta mais marcante da época foi a do fisiologista francês Claude Bernard, descobriu que o fígado possui uma substancia parecida com o amido, o glicogênio, e que o açúcar é formado a partir dele durante a vida. Nas palavras de Claude Bernard "o fígado secreta açúcar para o sangue."
  Ao relacionar as circunstâncias que levam à formação de açúcar com seus estudos, Bernard percebeu que pequenas lesões no sistema nervoso central causavam o aumento da taxa de açúcar no sangue e que esse açúcar passava para a urina dos animais em estudo, foi a primeira vez que, mesmo que de forma esporádica, foi reproduzido a glicosúria em experimentos. Essa descoberta foi o pontapé inicial para uma série de pesquisas experimentais sobre a causa e a natureza da diabetes. 
  Em exames post-mortem de pessoas que morreram de diabetes severa, os patologistas observaram que o pâncreas apresentavam alterações, que eram causadas pela doença. Claude tentou reproduzir a glicosúria ligando o canal que secreta a substância glandular para o intestino ou injetando substancias coagulantes nele, contudo, não obteve sucesso. Claude também considerou a remoção da glândula por meio de uma operação tecnicamente impraticável. Tal fato, despertou muito interesse e em 1889 dois pesquisadores alemães, von Mering e Minkowski conseguiram realizar essa operação em cães. Os animais operados agora não só apresentavam açúcar na urina como também desenvolveram uma doença que possuía todas as características da diabetes. A doença se desenvolveu de forma tão severa que os cães morreram com sintomas de intoxicação. Se parte da glândula tivesse sido deixada para trás, ou tivesse sido costurada em baixo da pele, os cães não teriam desenvolvido a diabetes.
  Após essa descoberta ficou claro que a taxa de glicose do organismo era regulada pelo pâncreas, mas não através do suco pancreático liberado no intestino e sim por uma outra função desenvolvida por ele que ainda não era conhecida. Durantes os anos de 1880, investigações do francês Brown-Séquard direcionou a atenção à importância das funções vitais das glândulas endócrinas. Essas glândulas secretam substâncias conhecidas como hormônios para o sangue que leva essas substancias para os tecidos do corpo.
  O pâncreas, possui uma parte exócrina como já era conhecido, que libera o suco pancreático no intestino, ajudando no processo de digestão. Entretanto, em 1869, Langerhans mostrou que o pâncreas possui células que anatomicamente não se conectam com os ductos que levam o suco para o intestino, que foram chamadas de ilhotas de Langerhans. Em 1890, Laguesse pressupõe que essas células são responsáveis por secretar a substancia que controla a taxa de açúcar presente no sangue. 
  Então desde a descoberta de von Maring e Minkowski, passaram-se a pesquisar em diversos países a possibilidade de um remédio para a diabetes. Passaram a imaginar que a doença era causada pela insuficiência ou a perda da função pancreática de secretar o hormônio. Foram produzidos varios extratos pancreáticos para testar em cães diabéticos, esses extratos conseguiram acabar com a glicosúria e derrubaram as altas taxas de açúcar na corrente sanguínea. Mas a utilização desse extrato mostrou-se também prejudicial, pois quando usada de forma deliberada há uma alta diminuição da taxa de glicose. 
  Frederick Banting, um jovem assistente de fisiologia, pensou que a para a produção de um extrato efetivo deveria ser buscado na ação antagônica ou destrutiva do suposto hormônio de tripsina que é secretado pelas células da glândula. Imaginou que se utilizasse apenas as células que não tem conexão com os ductos pudesse resultar em um extrato mais eficaz. Banting apresentou sua ideia para o professor MacLeod, que resolveu experimentá-las em seu laboratório com a ajuda de outros pesquisadores. Os primeiros experimentos em cães diabéticos foi um sucesso e eles chamaram esse extrato eficaz de insulina. Depois da comprovação da redução da taxa de glicose e da determinação da toxicidade ao administrar uma quantidade excessiva de insulina. Passaram a testar em pessoas que sofriam de diabetes severa, e que já se encontravam em coma diabético, e as pessoas tratadas melhoraram os sintomas da doença. 
  A insulina não é a cura da diabetes, mas é uma maneira de tratar a doença e diminuir os sintomas e melhorar o funcionamento do organismo, mas que esse tratamento deve ocorrer junto de uma mudança na dieta do paciente. 



Postado por: Elizabete Iseke