No sistema hemostático de indivíduos com diabetes, podem haver complicações cardíacas, sendo elas micro e macrovasculares.
As complicações microvasculares comuns
são nefropatia, retinopatia e neuropatia e, entre as macrovasculares
destacam-se a doença arterial coronariana, o acidente vascular cerebral e a doença arterial obstrutiva periférica.
As alterações mais encontradas são:
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Endoteliais
Presente na parede de vasos, o endotélio contribui para a fluidez do sangue e, apresenta propriedades anticoagulantes que estimulam o sistema fibrinolítico (sistema capaz de dissolver o coágulo). Quando
há alterações, um processo inflamatório que atua junto com hipertensão e altos níveis de colesterol e triglicerídeos (também conhecido como dislipidemia) podem
proporcionar a formação de placas ateroscleróticas que podem aparecer em
pacientes diabéticos e não se manifestar.
Existem duas maneiras de avaliar a
integridade vascular: a determinação da trombomodulina plasmática (uma proteína
de membrana) e pelo fator de von Willebrand. A trombomulina plasmática
determina, através de resultados com altos níveis de concentração, uma lesão no
endotélio, reduzindo a sua eficácia na coagulação e, o fator de von Willebrand
determina, com a concentração alta, um possível desenvolvimento de doenças de
doenças cardiovasculares havendo disfunções microvascular e macrovascular.
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Plaquetárias
As plaquetas são fragmentos do sangue
responsáveis por controlar uma lesão e formar um tampão plaquetário (as
plaquetas interagem com o subendotélio, isolando o local).
Esse procedimento envolve algumas etapas
como adesão, mudança de forma, agregação e secreção de grânulos das plaquetas.
Com o efeito osmótico da glicose, a hiperglicemia
aumenta a propensão das plaquetas a se agregarem e, sem estar claro na
literatura, esse processo pode contribuir para uma maior propensão a eventos
trombóticos arteriais.
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Fatores de coagulação
Em condições normais, esses fatores se
apresentam em forma inativa. Uma sequência de reações ocorrem quando esses
fatores são ativados, convertendo fibrinogênio em fibrina.
O fibrinogênio se encontra aumentado nos
pacientes diabéticos e, o seu aumento é considerado um fator de risco
independente para a doença cardiovascular.
O tratamento com metformina apresenta resultados
significantes com redução dos níveis de fibrinogênio nos pacientes.
Um dos efeitos da hiperglicemia no sistema hemostático é observado na molécula
de fibrinogênio, que quando está na na forma de fibrinogênio glicado, resulta na formação de um coágulo de
fibrina mais denso, com fibras mais finas e resistentes à desagregação dos coágulos sanguíneos.
O tratamento com estatinas (classe de medicamentos
redutores de colesterol e da morbidade e mortalidade cardiovascular) exerce o
efeito direto sobre os lipídios, e também reduz os níveis plasmáticos de um
fator de coagulação que, consequentemente, regula a coagulação.
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Anticoagulantes naturais
Existem dois grupos: inibidores de
serino proteases e inibidores de cofatores ativados. Esses grupos permitem a
formação de fibrina até a área onde há lesão no endotélio e, a deficiência
desses inibidores é considerada um fator de risco para a eventos trombóticos
pois, quando reduzidos, comprometem a eficácia dos anticoagulantes naturais.
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Sistema fibrinolítico
Depois do endotélio se reconstituir, o
coágulo de fibrina é degradado pela ação do sistema fibrinolítico (plasminogênio
se converte em plasmina). Este é regulado por ativadores e inibidores: inibidor
do ativador do plasminogênio tipo 1 (inibe os ativadores do plasminogênio tipo
tecidual e tipo uroquinase) que reduz a geração de plasmina e, outros inibidores atuam sobre a plasmina (onde inibe a
ação catalítica).
Postado por: Gabriela Portilho
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