segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Manifestações Bucais em diabéticos



O Diabetes é uma doença que tem como característica principal o excesso de glicose no sangue, com distúrbio do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas e, quando não controlada, pode ocasionar complicações sistêmicas crônicas, como, por exemplo: problemas renais, oculares e 
vasculares, entre outras.


Classificada em: tipo 1 - com dois picos de incidência: um que ocorre entre 5 e 7 anos de idade, e outro na puberdade; tipo 2 - forma mais comum que acomete geralmente pessoas acima de 40 anos de idade; gestacional e outros tipos específicos.


Os sintomas mais comuns são polidipsia, poliúria-nictúria, polidipsia associada à xerostomia, polifagia, hálito cetônico, cãibras, emagrecimento rápido e alterações bucais.


Nas alterações bucais relacionadas ao diabetes, em específico, podem ocorrer disfunção e falência de diversos órgãos, sendo geralmente encontradas em pacientes que não fazem acompanhamento da diabete. As alterações são: gengivite, doença periodontal (sendo este o mais frequente por haver uma resistência reduzida à infecção, que uma vez instalada, torna-se mais grave), disfunção da glândula salivar (xerostomia), suscetibilidade para infecções bucais, síndrome de ardência bucal, cálculos dentários, aumento dos níveis de glicose salivar, sensação de queimação na mucosa bucal, desenvolvimento dentário acelerado ou retardado, alteração da microbiota bucal, perdas dentárias, hálito cetônico, alterações da forma, tamanho e textura da língua, alteração no paladar, dificuldade na cicatrização de feridas, cáries dentárias, e outras.


No caso da doença periodontal, que é a mais comum, essa é caracterizada por um processo inflamatório que ocorre na gengiva na qual uma placa dentária de antígenos bacterianos se acumulam na margem gengival, encontrando alterações bioquímicas, imunológicas, genéticas, ambientais, teciduais, podendo também ser fator de risco para doenças cardiovasculares.


Um dos sintomas perceptíveis ao dentista, se encontra na hipossalivação (diferente da xerostomia, que é a sensação de boca seca, porém não apresenta redução de produção de saliva) e alteração na composição da saliva, ocorrendo aumento de glicose,  potássio, cálcio, magnésio, proteínas, alfa-amilase, IgA, IgG e maior atividade da peroxidase, sendo frequente em pacientes diabéticos. Sendo assim, o crescimento bacteriano é estimulado, reduzindo a capacidade dos fibroblastos em promover a cicatrização, aumenta a produção de ácido lático reduzindo, consequentemente, o pH, pois a atividade tampão presente na saliva diminui, aumentando o risco de desenvolver cáries e doença periodontal.





Postado por: Gabriela Portilho

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